Maracujá.
A droga vegetal consiste de folhas secas de Passiflora incarnata Sims.
As folhas secas de maracujá são empregadas como calmante, embora os componentes responsáveis por essa atividade não sejam conhecidos com clareza. A utilização popular atribui aos derivados vegetais obtidos de folhas e/ou partes aéreas do maracujá propriedades sedativas, antiespasmódicas e ansiolíticas, parcialmente confirmadas por experiência em animais.
Como auxiliar no alívio da ansiedade e insônia leves.
Os constituintes químicos identificados são ácidos fenólicos, glicosídeos cianogênicos e vários flavonoides. Os flavonoides majoritários são di-C-heterosídeos de flavonas, considerados os marcadores analíticos para a droga vegetal.
Uso contraindicado para pessoas que apresentam hipersensibilidade aos componentes da formulação. Contraindicado na gestação, lactação e para menores de 12 anos, devido à falta de dados adequados que comprovem a segurança. O uso do extrato fluido é especialmente contraindicado a gestantes, lactantes, alcoolistas, diabéticos e em menores de 18 anos, em função do teor alcoólico na formulação. Seu uso pode causar sonolência, portanto é desaconselhado operar máquinas e dirigir durante o período em que se faz uso do fitoterápico. Pode potencializar os efeitos sedativos do pentobarbital e hexobarbital, aumentando o tempo de sono de pacientes. Há indícios de que as cumarinas presentes na espécie vegetal apresentam ação anticoagulante potencial e possivelmente interajam com a varfarina. O uso associado a drogas inibidoras da monoaminoxidase (isocarboxazida, fenelzina e tranilcipromina) pode potencializar o efeito. Não utilizar simultaneamente ao consumo de bebidas alcoólica. Há relatos de hipersensibilidade, asma ocupacional mediada por IgE e rinite com o uso de P. incarnata. Não utilizar em doses acima das recomendadas.
1. ANVISA. Farmacopeia brasileira 6a edição – Volume II – Monografias, Plantas Medicinais. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/6a-edicao-volume-2>. Acesso em: 23 ago. 2022.
2. ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-fitoterapico/2022-fffb2-versao-13-mai-2022.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2022.
3. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GRACE G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: Da planta ao medicamento. Florianópolis-SC: Editora UFRGS, 2019.