Nome(s) popular(es):

 
Ipê amarelo, ipê-da-serra, ipê-amarelo-da-serra, ipê-mandioca, ipê-branco, ipê-tabaco, ipê-mamona

Parte da planta com propriedade medicinal (droga vegetal):

Casca dos caules.

Usos medicinais baseados na tradição ancestral (Etnofarmacologia):

A infusão da entrecasca tem propriedades diuréticas, podendo também ser usada como adstringente, no tratamento de afecções de garganta e estomatites. A madeira possui cheiro e gosto distintos. O cheiro característico é devido à presença da substância lapachol, ou ipeína.

Indicações de uso embasado em evidência científica:

A descoberta e estudo do lapachol nos fins do século passado, representou um dos episódios mais importantes da história da fitoquímica. O lapachol possui várias atividades terapêuticas como antimicrobiana, antiulcerogênica e anti-inflamatória. Estudos mais detalhados da atividade anticâncer para alguns tumores sólidos e líquidos o lapachol puro não mostrou atividade efetiva, porém o seu extrato bruto e os seus derivados isolados contidos nos extratos apresentaram. Estudos farmacodinâmicos apontaram que o lapachol puro pode ser um agente anticâncer oncogênese-específico. Com isso reacende a possibilidade do uso do lapachol como agente anticâncer.

Substâncias responsáveis pela ação terapêutica da espécie:

O lapachol possui várias atividades terapêuticas como antimicrobiana, antiulcerogênica e anti-inflamatória.

Precauções e advertências:

Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes e diabéticos. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Utilizar em tratamentos curtos e não utilizar em doentes cardíacos, renais e hepáticos e com outras doenças crônicas. Pode potencializar o efeito dos anticoagulantes. Não deve ser usado concomitantemente a medicamentos anticoagulantes.

Referências e sugestão de leitura para aprofundamento:

1. ANVISA. Farmacopeia brasileira 6a edição – Volume II – Monografias, Plantas Medicinais. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/6a-edicao-volume-2>. Acesso em: 23 ago. 2022.
2. ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-fitoterapico/2022-fffb2-versao-13-mai-2022.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2022.
3. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GRACE G.; MELLO, J. C. P. ; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: Da planta ao medicamento. Florianópolis-SC: Editora UFRGS, 2019.

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