Nome(s) popular(es):

Hortelã-pimenta.

Parte da planta com propriedade medicinal (droga vegetal):

Parte usual é a folha da Mentha piperita.

Usos medicinais baseados na tradição ancestral (Etnofarmacologia):

Embora também usada em preparações farmacêuticas no tratamento de distúrbios gastrintestinais, a droga é utilizada principalmente para a obtenção do óleo, bastante empregado como flavorizante, aditivo em alimento, em produtos de higiene bucal e em preparações farmacêuticas, no tratamento de problemas respiratórios e gastrintestinais. O óleo apresenta ações antimicrobiana e carminativa.

Indicações de uso embasado em evidência científica:

Como auxiliar no alívio de sintomas dispépticos; tal como flatulência.

Substâncias responsáveis pela ação terapêutica da espécie:

O óleo das folhas jovens da hortelã contém alto teor de mentona em relação ao de mentol, ao passo que no período de floração ocorre inversão dessas concentrações.

Precauções e advertências:

Uso contraindicado para pessoas que apresentam hipersensibilidade aos componentes da formulação e a preparações contendo menta ou mentol. O uso é contraindicado durante a gestação e lactação. Se os sintomas persistirem ao longo de duas semanas do uso desse fitoterápico um médico deverá ser consultado. Pessoas com refluxo gastroesofágico devem evitar o uso de preparações a base de Mentha x piperita, pois pode ocorrer piora do quadro, além de causar irritação da mucosa gástrica, incluindo estomatite, esofagite severa, gastrite, diarreia, pancreatite e piora dos sintomas de pirose. Pessoas portadoras de cálculos biliares e outros distúrbios biliares devem ser cautelosos ao utilizarem o fitoterápico. O uso em crianças menores de 4 anos de idade não é recomendado. O uso é contraindicado para portadores de cálculos biliares, obstrução dos ductos biliares, danos hepáticos severos e litíase urinária. Em altas dosagens pode estar relacionado à lesões hepáticas, nefrite intersticial e insuficiência renal aguda. Estudos recentes demonstram diminuição da produção de leite materno. Pode interagir com os medicamentos repositores de estrogênio, potencializando seus efeitos. Outros sintomas ocasionalmente relatados incluem: náuseas, vômitos, dor abdominal e ardência na região perianal. Não utilizar em doses acima das recomendadas.

Referências e sugestão de leitura para aprofundamento:

1. ANVISA. Farmacopeia brasileira 6a edição – Volume II – Monografias, Plantas Medicinais. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/6a-edicao-volume-2>. Acesso em: 23 ago. 2022.

2. ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-fitoterapico/2022-fffb2-versao-13-mai-2022.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2022.
3. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GRACE G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: Da planta ao medicamento. Florianópolis-SC: Editora UFRGS, 2019.

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