Nome(s) popular(es):

Cajueiro.

Parte da planta com propriedade medicinal (droga vegetal):

Utilizar a casca rasurada de Anacardium occidentale L. 

Usos medicinais baseados na tradição ancestral (Etnofarmacologia):

O cajueiro era usado pelos índios do nordeste do Brasil desde a época pré-colombiana. Na época da safra ocupavam as praias para beber o mocororó que é o suco da fruta fermentado, faziam e armazenavam a farinha de caju preparada com as amêndoas assadas ao fogo e moídas junto com a polpa da fruta depois de espremida e dessecada ao sol. Ainda hoje, o caju é usado como alimento in natura ou na preparação de doces caseiros, sucos e sorvetes, bem como da popular cajuína, que é o suco puro de caju.

Indicações de uso embasado em evidência científica:

Auxiliar no alívio sintomático da diarreia leve não infecciosa.

Substâncias responsáveis pela ação terapêutica da espécie:

Na casca desta planta foram detectados esteróides, flavonoides, tanino, catequinas e outros fenóis; nas folhas jovens é mencionada a presença de vários flavonoides, galatos de metila e etila.

Precauções e advertências:

Uso adulto. Não utilizar em pessoas hipersensíveis aos componentes, tais como os fenóis, ou a outras plantas da família Anacardiaceae. Ao persistirem os sintomas, um médico deverá ser consultado. O uso é contraindicado durante a gestação, lactação e para menores de 18 anos, devido à falta de dados adequados que comprovem a segurança nessas situações. Uso contraindicado em pessoas alérgicas, doentes cardíacos, renais, hepáticos ou com outras doenças crônicas. Não utilizar concomitantemente com anticoagulantes, corticoides e anti-inflamatório. O óleo da casca da castanha apresenta ação cáustica e corrosiva, podendo provocar lesões na pele, e febre em caso de contato com grandes extensões. Não utilizar em doses acima das recomendadas.

Referências e sugestão de leitura para aprofundamento:

1. ANVISA. Farmacopeia brasileira 6a edição – Volume II – Monografias, Plantas Medicinais. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/6a-edicao-volume-2>. Acesso em: 23 ago. 2022.
2. ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-fitoterapico/2022-fffb2-versao-13-mai-2022.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2022.
3. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GRACE G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: Da planta ao medicamento. Florianópolis-SC: Editora UFRGS, 2019.

Pular para o conteúdo