Nome(s) popular(es):

Cagaita, cagaiteira.

Parte da planta com propriedade medicinal (droga vegetal):

Folhas, fruto e casca.

Usos medicinais baseados na tradição ancestral (Etnofarmacologia):

Diarreias, fruto comestível, purgativo forte e suco3. Os frutos têm efeito laxante, principalmente quando muito maduros ou fermentados. As folhas são utilizadas, na forma de garrafadas, com finalidade antidiarreicas e para combater problemas cardíacos. As folhas também são usadas para o preparo de chás constipantes e para diabete e icterícia. A casca é utilizada para tratar diarreia, diabetes e icterícia. A entrecasca é usada para preparar chá com ação anti-inflamatória, e a infusão de flores para os rins.

Indicações de uso embasado em evidência científica:

Atividade antidiarreica das folhas da cagaita, devido à presença de taninos depositados no mesófilo e no floema da nervura primária2. Atividade antimicrobiana nas bactérias depositadas no intestino.

Substâncias responsáveis pela ação terapêutica da espécie:

Taninos. Ao precipitarem proteínas, reduz o movimento peristáltico e a secreção intestinal. A presença destes sobre bactérias presentes na superfície intestinal, proporciona também atividade antimicrobiana promovendo ação antisséptica ao tratamento3.
Quercetina. Flavonoide que inibe a liberação da acetilcolina e a síntese das prostaglandinas.

Precauções e advertências:

A quantidade ingerida deve ser observada, visto o sabor ácido dos frutos. Quando estes caem das árvores sofrem fermentação devido a radiação solar, e se ingeridos em excesso, podem ocasionar efeito laxante exacerbado.

Referências e sugestão de leitura para aprofundamento:

1. ANVISA. Farmacopeia brasileira 6a edição – Volume II – Monografias, Plantas Medicinais. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/6a-edicao-volume-2>. Acesso em: 23 ago. 2022.
2. ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-fitoterapico/2022-fffb2-versao-13-mai-2022.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2022.
3. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GRACE G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: Da planta ao medicamento. Florianópolis-SC: Editora UFRGS, 2019.

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