Arruda
Extrato alcoólico das folhas.
A literatura etnofarmacológica cita o seu uso em medicina popular na forma de chá como medicação caseira no tratamento de desordens menstruais, inflamações na pele, dor de ouvido, dor de dente, febre, cãibras, doenças do fígado, verminose e como abortivo.
Segundo os resultados de ensaios farmacológicos, esta planta tem atividade anti-helmíntica, febrífuga, emenagoga e abortiva, que foi comprovada experimentalmente pela administração do extrato alcoólico das folhas a ratas prenhes.
Seu estudo fitoquímico indicou a presença nas folhas de óleo essencial rico em metilcetonas, acompanhadas de quantidades menores de outros componentes e, nas raízes, um óleo essencial de composição diferente da encontrada nas folhas. Entre os constituintes fixos foram identificados vários glicosídeos flavônicos nas flores, enquanto nas folhas predomina a rutina e derivados cumarínicos, entre os quais estão o bergapteno, a xantotoxina e o psoraleno que são substâncias fotossensibilizantes, além de saponina do ácido oleanólico, um heterosídeo antociânico, uma lignana e vários alcalóides.
O emprego desta planta, tanto por via oral como por via tópica, deve se revestir de bastante cuidado, por causa de suas ações tóxicas sobre o útero, provocando hemorragia e, sobre a pele, que sensibilizada pelas furanocumarias pode sofrer severas queimaduras quando exposta ao sol.
1. ANVISA. Farmacopeia brasileira 6a edição – Volume II – Monografias, Plantas Medicinais. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/6a-edicao-volume-2>. Acesso em: 23 ago. 2022.
2. ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-fitoterapico/2022-fffb2-versao-13-mai-2022.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2022.