Aroeira
A droga vegetal consiste de cascas secas do caule de Schinus terebinthifolia Raddi, contendo, no mínimo, 8% de taninos totais, no mínimo, 0,20% de ácido gálico (C7H6O5, 170,12), e, no mínimo, 0,65% de catequina (C15H14O6, 290,27) 1
O uso das cascas, na forma de cozimento (decocto), especialmente pelas mulheres, em banhos de assento após o parto como anti-inflamatório e cicatrizante, ou como medicação caseira para o tratamento de doenças do sistema urinário e do aparelho respiratório, bem como nos casos de hemoptise e hemorragia uterina. As folhas e frutos são adicionados à água de lavagem de feridas e úlceras, embora a eficácia e a segurança do uso destas preparações não tenham sido, ainda, comprovadas cientificamente3.
Como antiácido; auxiliar no tratamento sintomático de aftas e inflamações da orofaringe2.
Os resultados de sua análise fítoquímica registram a presença de alto teor de tanino, bi flavonoides e ácidos triterpênicos nas cascas e de até 5% de óleo essencial formado por mono e sequiterpenos nos frutos e nas folhas. Em todas as partes da planta foi identificada a presença de pequena quantidade de alquil-fenois, substâncias causadoras de dermatite alérgica em pessoas sensíveis3.
Uso adulto. Uso contraindicado para pessoas que apresentam hipersensibilidade aos componentes da formulação e às espécies da família Anarcadiaceae. Ao persistirem os sintomas, um médico deverá ser consultado. Em casos raros, o uso oral pode ocasionar constipação intestinal. O uso é contraindicado durante a gestação, lactação e para menores de 18 anos, devido à falta de dados adequados que comprovem a segurança nessas situações. É contraindicado para pessoas que estejam fazendo uso de medicamentos que contenham alcaloides (atropina, hioscina, ergotamina e opiáceos), e em casos de hipersensibilidade às substâncias presentes na fórmula (taninos e chalconas). Não utilizar em doses acima das recomendadas2.
1. ANVISA. Farmacopeia brasileira 6a edição – Volume II – Monografias, Plantas Medicinais Acesso em: 23 ago. 2022.
2. ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Acesso em: 23 ago. 2022.
3. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GRACE G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: Da planta ao medicamento. Florianópolis-SC: Editora UFRGS, 2019.